sábado, 21 de junho de 2008

tornar-se

a pétala desdobra
sua canção acetinada
e rubra
contra o sol
a nascer dentro dela

torna-se uma rosa
quando me toca os olhos


silvia chueire

sábado, 14 de junho de 2008

é noite

a lua deitada no Tejo
abre a estrada delirante ao poema
quando a vida bate às nossas costas,
rápida,
e temos palavras coladas a nós.

o vinho faz subirem as vozes
no meio da noite
e o afeto nos ilumina.

súbito tudo parece resolvido,
nossas mãos dadas cantam na desordem do mundo.


silvia chueire

sábado, 7 de junho de 2008

o medo nas mãos

a mulher com o medo nas mãos,
na vida é apenas uma chama frágil
a esperar que o mundo lhe consuma.
o medo apertado na garganta,
a voz inexistente.

cantam os pássaros,
tudo está aceleradamente de passagem.


silvia chueire

  Caos   Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo.   Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...